Um oceano inteiro



 Clique para acompanhar a leitura com trilha sonora.

"Então Pedro saiu do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus. Mas, quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me!. Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou." Mateus 14:29-31 (NVI) 

13 de Setembro de 2021
E eu estou me afogando... 
Como Pedro ao tentar andar sobre as águas.
Por vezes, tenho medo de não conseguir voltar a superfície novamente.
Tem momentos em que me sinto submergindo, mais e, mais e, mais... Pra onde ir? Respirar se torna difícil, sentir dói, não saber o que fazer é desesperador. Nesses momentos nos sentimos tão sós, esquecidos e distantes de sair. Estamos afundando. 
Questionamentos vem, pensamentos e sentimentos de anos afloram de uma vez só para piorar tudo, e a vontade de abrir mão de se levantar, só aumenta. Tem momentos em que as pessoas ao nosso redor vão nos colocar para baixo, outras vão apenas ajudar com isso, e às vezes nosso próprio eu impostor vai fazer todo o trabalho sujo. E então, me vejo no lugar de Pedro, que por um momento estava vivendo o impossível, andando sobre as águas e no momento seguinte se viu submergido, e desesperado gritando por socorro. 
Sabe, nós queremos dar uma de super heróis, e esquecemos que somos meros mortais. Pedro nunca imaginou passar por tantas coisas incríveis e momentos difíceis, mas naquele momento, Jesus o deixou afundar para que ele e nós soubéssemos que vamos passar por momentos ruins, mesmo tendo Jesus, mas que mesmo nessas fases também teremos para quem pedir ajuda, e que precisamos confiar em quem nos chama a andar no impossível, mantendo os olhos fitos nEle. Tem momentos em que me vejo no meio do oceano, e como a mortal que sou, me sinto só. Mas a verdade é que meu coração sabe, Jesus está ali também. Eu não estou vendo, mas Ele está ali sobre as águas, pronto para me puxar pelas mãos... 
Eu tenho que me lembrar constantemente que Jesus está comigo, mesmo quando eu me sinto deixada por quem quer que seja. Mesmo quando a tempestade esteja tão forte que embace minha visão, eu tenho que me lembrar de que eu tenho a quem chamar. Nós temos para quem pedir ajuda, gritar por socorro e sair desse vasto oceano. Quando Ele pega em nossas mãos, não é apenas para nos acalmar, mas para nos fazer andar sobre as águas também, seja no mar revolto ou na calmaria. Tenho entendido que tudo é aprendizado, e que no fundo ou na superfície, nós temos um oceano inteiro.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Até que nada mais importe - Luciano Subirá

Ainda há

Eu gostaria de te dizer...