Senhores passageiros, apertem os cintos
O que fazer com aquele sentimento que se soltou e
voou longe demais?
No começo eu pensei: segura, segura antes que ele
te leve junto, puxa a linha, você está no comando e não o contrário. Mas olha a
ironia, deixei-me ser levada pela ventania e mal percebi o medo que sentia da
altura. "Minha nossa, estou perdida", pensei," como vou retomar
as rédeas da situação se nem meus pés no chão estão?". Uma parte de mim me
dizia que estava sendo inconsequente, a outra estava ocupada demais tirando
proveito da situação.
Mas que confusão me meti. Estava sendo guiada
pelas mais diversas direções que aquele vento estava tomando. E área de pouso?
nenhum à vista. Sem plano de aterrissagem muito menos paraquedas. E eu que
pensava estar no comando tive certeza, não tinha nenhum controle do rumo que
estava tomando. Mas, quem vai saber os caminhos que toma o coração? E quer saber? Resolvi esquecer o medo da
altura, ignorei a voz que me xingava incansavelmente pelos meus atos impensados
e me joguei naquela ventania, deixei que ela me levasse para onde bem
entendesse e, se caísse seria em plena queda livre, viajei naquele sentimento e
fui, sem bagagem, sem plano de viagem, sem mapa ou bússola, apenas eu e meu
grande coração. Não vive quem não se arisca, não tem histórias para contar quem
não tenta vencer os medos.
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