Centelha Azul

Clique para ouvir a trilha sonora e acompanhar a leitura... Eu que achei ter deixado para trás tantas coisas, me vi envolta em enormes inseguranças, medos e ansiedade. Me vi refém de palavras e atitudes do passado que pensei ter me livrado, mas ali estavam. Não sou forte, não consigo deixar pra lá, não sempre. Tem momentos em que é tão sensível, meu coração dispara e eu sei que vai ser um dia daqueles, daqueles em que eu vou precisar segurar com tudo o que achar em Deus, pra não cair de vez. Se minha alto estima falasse, ela provavelmente não diria muito, apenas um leve: SOCORRO. E desfaleceria. As sensações de abandono, desprezo, incapacidade, não ser amável, última opção me fazem diminuir cada vez mais, e isso me faz esquecer de todo o resto, o resto que realmente importa, porque quando isso acontece tantas vezes, acabamos realmente acreditando que o problema somos nós, de alguma forma defeituosos demais para dar certo, mas a verdade é que, bom, não é verdade. A dor, gera...

 17 de Fevereiro de 2021 Quando ainda criança, temos a sensação de que tudo, absolutamente tudo é possível. Achamos que podemos ser como os heróis, alcançar qualquer ponto inatingível, sonhos se misturam com a realidade. Mas ao passo que vamos crescendo, tendo maior percepção da realidade ao nosso redor, começamos a limitar nossas possibilidades e até mesmo a nossa imaginação, distinguir o real do não real, e então, num determinado ponto, se não tivermos cuidado, ficamos céticos acerca até do que é possível para nós, deixamos de acreditar. Mas o "deixar de acreditar" nem sempre se limita à percepção de realidade (sobre o que achávamos ser real e depois descobrimos que não existe de verdade), mas se estende também para a vida, para os planos, objetivos e sonhos. À medida que vamos crescendo, somos inseridos numa sociedade que nos induz a correr numa velocidade que talvez seja difícil para nós acompanharmos, e muitas vezes nossa caminhada até o alvo se torna exausti...